quarta-feira, 20 de outubro de 2010

4º Transalentejo - Vídeo



Tenho o vídeo em formato HD para quem quiser. São 163MB.

Vejam as fotografias no álbum Picasa do João Paulo: http://picasaweb.google.pt/jpgoncalves36

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O regresso do "Motossauro"

Após alguns meses de internamento regressou a mota mais carismática da Europa Ocidental!

Com uma lista de retoques que faz inveja à Lili Caneças, aqui ficam os principais:

- Pistão e segmentos novos;
- Molas da forquilha novas e mais duras;
- Aro e raios traseiros novos;
- Raios dianteiros novos;
- Guarda-lamas dianteiro e frontal novos;
- Rolamentos da coluna da direcção, braço oscilante, etc, novos;
- Descanso.

E aqui ficam algumas fotografias. :)











segunda-feira, 26 de abril de 2010

Regresso ao enduro

Fim da tarde de Sábado, vida "resolvida" e CRF a dormir na garagem...
Deixei-me de mariquices e às 6 estava a sair de casa montado nela. :)

Ainda não estou completamente familiarizado com o processo de arranque a frio (a quente pega sempre à primeira) e faço questão de a pegar de pedal sempre que o chão está direito para me ir habituando.
O plano era seguir em direcção a Fontanelas e dar umas voltas na mini pista de motocross. De caminho passei nos whoops de areia onde costumo passar sempre para o aquecimento. Mota nova e mais de um ano sem passar nos whoops que entretanto estão maiores trouxeram logo várias dificuldades. Suspensões mais rijas que na WR200 e travão motor a mais.

A pista de motocross mais parecia uma pista de enduro tal o estado em que estava. A falta de manutenção durante mais de um ano deixaram-na cheia de rêgos e vegetação. Dei umas 5 voltas.
Nas curvas com berma dá para aproveitar muito bem o quadro da CRF: é só deitá-la e dar gás que ela faz a curva sozinha. Não vacila, não reclama, não se torce. Mas também perdoa menos erros! Nota máxima, claro, para os travões, tipicamente onda. Um dedinho na manete é sempre mais que suficiente e o tacto é fantástico! Em termos de potência acho que a Husqvarna continua a ser a mota com os travões mais fortes que eu experimentei (Brembo) mas com o tacto on/off acabava por se tornar difícil tirar proveito deles. Os da Honda são potentes e fáceis.
Não saltei grande coisa porque o salto de mesa estava crivado de rêgos e arbustos e o outro salto grande estava "cortado" a meio (abriram uma vala), mas deu para sentir a firmeza das suspensões e o correspondente aumento de confiança e conforto quando comparado com as molas de carrinho de bebé que a WR200 tem (coitadinha...).
Claro que ao fim de 5 voltas já estava a deitar os bofes pela boca e decidi ir passear para outro lado.

Fui para os lados do Magoito, fazer uns "single tracks" e mais umas trialeiras onde costumava andar em tempos da outra senhora...
Primeira coisa que me passou pela cabeça foi "mas que falta de jeito!!!"
O que a falta de treino faz a uma pessoa...
A mota tem uma tracção excelente, mas está um bocado curta. Isso acaba por "prejudicar" também na questão do travão-motor, porque assim que alivio o acelerador fico sentado em cima do guiador... Mais pro fim já estava a andar sempre uma mudança acima, mas com a disponibilidade de potência que ela tem não lhe faz diferença nenhuma. :)

Faltam pontos de apoio para puxar por ela tanto atrás como à frente. O arranque eléctrico é a oitava maravilha em alguns caminhos de cabras, mas daqui a uns tempos suponho que lhe vou dar menos uso. :)
Acho que estou com o ralenti muito alto o que prejudicou em algumas descidas. Ponto negativo para a falta de um parafuso de ajuste sem ser preciso chave de parafusos (ou então eu é que não o encontrei na altura).
A torneira da gasolina raspa um bocado no tubo de saída do radiador esquerdo o que faz alguma impressão ao princípio mas depois passa.
O meu reflexo quando fico virado de pernas pro ar é fechar a gasolina com receio que a mota encharque e nunca mais pegue. Numa dessas vezes esqueci-me de voltar a abrir e dei por isso a meio de uma ribeira (o Fred conhece-a bem que já lá deu um mergulho...). Depois de aberta a gasolina pegou sem problemas. hehehe
Fiz lá umas subidas e deu para confirmar que a mota sobe tudo o que lhe puserem à frente, tipo Homem-Aranha.

Resumindo e concluindo: sentia falta destas passeatas pelos "meus" caminhos. Faltam-me ainda alguns braços para a mota mas isto mais 3 ou 4 voltinhas e fica tudo na paz dos anjos. :)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Salir TT 2010 by Cláudio Subtil

"O meu Salir começou no Sábado (27 Fev) da semana anterior, quando fui à "garagem" ver a WR e ela estava com todo o óleo das forquilhas no chão...

Devido a isto, fui colocar a mota na Reiger para fazer uma revisão geral das forquilhas e amortecedor. Levou tudo novo (casquilhos, retentores, molas, óleo, azoto, etc...). Oportunamente faço um review da preparação, preços, etc...

Na 2ªf dia 01 Março, a minha Omega V6 que utilizo para puxar o reboque decidi acender uma luz amarela no painel... Oficina com ela, novo módulo de ignição e aproveitei para trocar óleo de motor e filtro.

Na 6ªf dia 05 Março, coloco o dia de férias, vou à Reiger buscar a mota, vou comprar um impermeável TT da Acerbis ao JB Motos em Sesimbra e dp regresso a Palmela para montar o desenrolador de roadbook na WR.

Eu e o Flavio saímos de Palmela pelas 18h. Muita chuva obrigou-nos a fazer uma média de 110 km/h. Entretanto a 100 km de chegar, o carro volta a ter uma avaria eléctrica/electrónica e entra em safe mode... decidimos parar, desliguei a bateria para fazer reset à centralina, lá desapareceu o erro e continuámos a viagem. Chegámos a Quarteira às 21h00.

Sábado dia 06, devido a sermos um grupo grande, houve algum atraso (expectável na minha opinião) no arranque para o Salir de aprox. 15 min.

Chegar ao Salir foi algo stressante... Fiquei no meio da caravana, a tentar acompanhar o Hugo na frente a 140 km/h com o atrelado na via rápida, no entanto não queria distanciar-me em demasia do Rui Dores que vinha mais devagar na sua Navarra, pq provavelmente ele não saberia o caminho. A estrada de serra do Salir estava em obras, algumas dezenas de metros sem alcatrão, tudo arrebentado cheio de buracos, terra e poças, o que obrigava por vezes a circular no sentido contrário...

Já no Salir, o Hugo e o Emanuel fizeram o favor de tratar junto da organização, de toda a parte burocrática do grupo. Obrigado a ambos.

Enquanto se vestia o equipamento, colocação de roadbooks, etc... caí uma carga de água monumental... novo momento de stress... conseguir arranjar um local para estar sem levar com a chuva... eu e o Flavio lá nos abrigámos debaixo de um toldo de um café...

Dp da chuvada que ainda durou 15/20 min, lá decidimos partir. Todas as motas/moto 4 tinham partido (e até alguns jeeps).

O passeio finalmente começa. Assim que entro nos trilhos fico com a sensação de que o passeio não seria fácil... tudo completamente alagado (o trilho era uma poça contínua...), a terra extremamente mole, era um exercício por si próprio conseguir manter a mota estável. Começei a imaginar como seria fazer as subidas "radicais" do ano passado cheias de regos e de água a escorrer pela encosta abaixo, a apanhar jeeps pelo meio dessas subidas...

Chegamos à 1ª ribeira... como todos sabem, eu detesto ribeiras! O caudal de água era tanto que em determinado ponto da ribeira havia uma onda com 20/25cm de altura. Naquele momento de paragem (preparação mota/piloto) antes de iniciar a travessia o Flavio diz para não contar com ele... que se possível prefere evitar atravessar a ribeira. Vejo o Hugo, Emanuel, Jorge a atravessar e decido nem hesitar, fui "à maluca" e entrei pela ribeira a dentro... entro do lado esquerdo, levo com a pressão da água a meio e sou forçado a ir para a direita, por pouco não fico com a mota direccionada para o sentido da água (+1 que iria ribeira a baixo)... consigo manter a calma, levo a mota contra um barranco com umas canas a meio da ribeira, coloco a mota na direcção certa e atravesso. Fico todo molhado...

Já do outro lado da ribeira, espero pelo Flavio mas não o vejo atravessar.

Nem 1 km depois da 1ª ribeira, chego à 2ª ribeira no momento em que vejo alguém a debater-se no meio da ribeira e o Hugo na margem (entre arbustos) a correr de braços no ar a gesticular com ar de aflição... estaciono a mota, tiro o capacete, etc... e tento perceber o que aconteceu... alguns no grupo começam a dizer que alguém teria perdido uma mota na corrente da ribeira... olho ao meu redor e vejo toda a gente... Hugo e Emanuel do lado oposto da ribeira, restantes do meu lado (ou a chegar entretanto ao local). Havia malta a dizer que tinha sido o Paulo Amaral, outros que tinha sido o Emanuel, etc... alguma confusão estava naturalmente instalada.

Isto tudo durou 20/30 segs (1 min no máximo) mas pareceram 10 minutos... rapidamente chego à conclusão de que tinha sido o Emanuel.

2/3 min depois, sei através de malta de jeeps que entretanto chega ao local, que na 1ª ribeira ficou um dos amigos do Miguel Neto das moto4, que foi ribeira a baixo com a mota, que não a largava, que correu risco de vida, etc...

Ainda na 2ª ribeira, vejo jeeps com pneus altos e 2 ton de peso à rasca para atravessar a ribeira, tal a força das águas!

Perante todo este cenário, todo o stress desde o início do dia, que em apenas 4 km de passeio, apanhei 2 ribeiras com a consequência de 2 motos perdidas, o Hugo e Emanuel não iriam continuar (e são os meus navegadores preferidos, pelo que não sabia bem quem iria seguir...), sabendo eu do ano anterior de que haveriam muitas mais ribeiras por atravessar, decido que o passeio para mim terminava ali. Sim, podia ter continuado, ido dar a volta por alcatrão e apanhava o trilho uns kms à frente, etc... Mas achei que não iria valer a pena. Provavelmente iria ter mais stress ao longo do dia com o não saber navegar, não iria poder andar depressa como gosto devido à quantidade enorme de água no trilho, e sobretudo não me apetecia ter que encarar mais ribeiras.

Por tudo isto e apesar do elevado esforço pessoal que fiz para ir ao Salir (acreditem ou não, a brincadeira entre as suspensões da WR, revisão do carro, inscrição, estadia, etc... foram quase 1.000 EUR), penso que fiz a melhor escolha. Vou ter muitas oportunidades para andar e DIVERTIR-ME. Para ter STRESS chega a vida profissional durante a semana.

Depois de um bom almoço no Salir, decidi ir para o hotel e ir mais cedo para Lisboa. Mais uma viagem cheia de problemas com o carro (liga e desliga a bateria, etc...) mas lá chegámos quase às 21h a Palmela.

No Domingo, fui andar sozinho para a Arrábida, fiz 85 km de volta, terreno todo escavacado, regos de meio metro de profundidade na serra... também tudo encharcado... não foi grande volta mas deu para matar o bichinho...

E assim se passou o Salir 2010..."

Salir TT 2010 by Hugo Albuquerque

"Este ano a crónica é muito simples, depois de muitas hesitações eu e o Mané lá arrancámos em direcção a Quarteira na 6ª feira pelas 22h e lá chegámos pelas 00h30 sem grandes dificuldades.

O sábado começou com o pequeno-almoço em grande na Beira Mar (Quarteira) com 5 presenças, eu, Paulo Amaral, Ricardo e Gonçalo Pires e José Nunes. O encontro com os restantes (Mané, Jorge Maio, Rui Dores, Cláudio Subtil, Flávio Barreiro, Miguel Neto e mais dois amigos de moto 4) estava marcado para as 7h30, com 15 min de atraso lá nos encontrámos e seguimos em direcção a Salir.

Eu e o Mané fomos tratar da parte burocrática que ninguém se preocupou e quando nos despachámos já estavam todos equipados para arrancar. Enquanto nos despachávamos caiu uma valente tromba de água, depois chegou a altura de colocar os roadbooks e finalmente estávamos prontos para arrancar (já todas as motas tinham arrancado e alguns jipes também), ao que alguém se lembrou que tinha que meter gasolina. Esperámos mais 10 min e mais alguns jipes arrancaram.

Lá chegou a nossa partida, comigo e com o Mané nos comandos. Entre o km 2 e 3 havia uma ribeira que fazia uma onda, literalmente, a qual o Mané atravessou de forma destemida (deve ter dado uma bela foto), segui-o sem problema tal como os restantes, excepto uma moto 4 (amigo do Miguel Neto). Essa foi arrastada na onda e de acordo com o proprietário navegou em cima dela durante 1km, tendo depois batido numa das margens e seguido caminho de modo desgovernado. A moto 4 foi recuperada ainda antes do almoço bastante destruída!!!

Na frente seguia eu e o Mané e chegámos a nova travessia de ribeira, aí ia eu na frente, atravessei de forma destemida, mas a corrente era muita (entrei do lado esquerdo e saí do lado direito) e pensei “vai haver problema” e parei logo que pude para ajudar alguém que tivesse alguma dificuldade quando vejo o Mané a afundar, uma vez mais literalmente. Era impossível deitar-lhe a mão nessa altura e cheguei mesmo a temer pela vida dele. Fui a correr ao longo da ribeira a gritar “Mané larga a mota”. Depois de uns 30, 40 metros o Mané dá-me a mão e segurava a mota com a outra, mas era impossível aguentar ambos. O Mané largou a mota e consegui resgatá-lo.

Nesse momento o passeio tinha terminado para mim, contactámos a organização e lá apareceram para nos ajudarem. Andaram mais de 2 horas à procura da mota na ribeira (o Mané quase em hipotermia e a dizer que a mota estaria muito mais para baixo do que zona onde se concentravam as buscas) e lá identificaram o cheiro a gasolina num dos pontos (80/100 metros) abaixo da travessia da ribeira, mas não se identificava nada da mota.

Decidimos ir almoçar a Salir e regressar de tarde para tentar ver se recuperávamos a mota. Quando eu e o Mané íamos para o local onde tinha estado com a organização a concentrar as buscas, encontrámos o Rui Dores que tinha desistido à hora do almoço (corrente partida) e contámos com a preciosa ajuda dele e da sua Navarra. Andámos mais 30 min à procura da mota e lá a encontrámos uns 20 metros acima do local onde o cheiro a gasolina estava mais concentrado.

Depois veio o herculeano resgate da mota. Com muito esforço físico dos 3 e mais uns banhos do Mané lá conseguimos retirar a KTM intacta do leito da ribeira, deviam ser umas 16h30/17h.

Ainda se seguiram algumas intervenções mecânicas que só terminaram por volta das 21h de modo a salvaguardar o motor e não permitir a sua oxidação."

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Pilotos TOW

João Paulo Gonçalves


Pedro Messias


Miguel Neto


Emanuel Vieira


João Guedes


Cláudio Subtil


Hugo Albuquerque


Frederico Carneiro

sábado, 19 de dezembro de 2009

Mudança

Hoje foi um dia de grande mudança para a minha "vida motociclística". Passados mais de 15 anos (desde as crossadas de DTR) decidi-me a trocar os 2 tempos pelos 4 tempos.
A ideia de comprar uma mota para fazer companhia à velhinha WR200 (porque substituir aquela clássica é impossível) não era nova como é óbvio, aliás tive a Husqvarna durante alguns anos (que deixou algumas saudades), mas cada vez mais me convencia que talvez o caminho a seguir fossem os 4 tempos.

Com a ida para a Libéria, e consequentes pesquisas para comprar uma mota em Monróvia, acabei por decidir que uma mota em Monróvia seria um mau investimento, e um risco desnecessário. Na altura o Emanuel estava vendedor da sua CRF450X, mota que eu sabia estar em excelente estado e, desta vez, resolvi seguir as palavras habitualmente sábias do nosso caríssimo Hugo e avançar com a compra. :)
O Hugo serviu de intermediário para eu ter mota nova para as férias de Natal.
A ideia era chegar da Libéria na Sexta, ir buscar a mota e dar uma volta no Sábado, e fazer a corrida do Couço no Domingo.

O momento da verdade! O João Paulo foi-me buscar Sábado de manhã para irmos ter com o Emanuel a casa dele em Alverca. Cá estamos nós no momento da "passagem" ainda na garagem.


Primeira vez a acordar o bicho. A bateria estava descarregada, teve que ser à moda antiga. As únicas 4 tempos que eu me lembrava de pegar de pedal foram umas XR400, uma XR600 (filme de terror) e a WR400F do Baptista que tinha mais truques para pegar que o meu UMM de 1979...
A CRF é só dar ao pedal. :)


Voltinha para testar o animal (e para tirar a ferrugem de 8 meses sem andar de mota) para os lados de Alverca.


Reparem no carinho!


Fotografias: http://picasaweb.google.pt/jpgoncalves36/TT19Dez09